Worldcoin troca Brasil pela Argentina e montará sua sede no país vizinho

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A Worldcoin, o polêmico projeto de criptomoedas que oferece tokens em troca do escaneamento de íris, anunciou recentemente que a Argentina, e não o Brasil, será o novo “centro neurálgico” de suas operações na América Latina.

Em comunicado à imprensa, a equipe de Worldcoin informou que pretende abrir 50 locais de atendimento em mais de 10 cidades argentinas. Além disso, vai inaugurar duas lojas dedicadas à educação tecnológica e exploração do projeto.

Esses novos pontos de atendimento contarão com os chamados Orbs, dispositivos utilizados para escanear as íris das pessoas e verificar suas identidades, processo denominado World ID. Os usuários que passarem por esse procedimento receberão tokens WLD como recompensa.

Fundada em 2019 por Sam Altman, também criador da OpenAI, e Alex Blania, a Worldcoin visa expandir suas operações na Argentina. A empresa pretende oferecer oportunidades profissionais a desenvolvedores, engenheiros de software, analistas e outros especialistas em tecnologia.

A empresa tomou a decisão de estabelecer a sede na Argentina após uma reunião com o presidente argentino Javier Milei em San Francisco, Califórnia.

Worldcoin na Argentina

Martín Mazza, gerente regional de Tools for Humanity, destacou que a Argentina possui um ecossistema tecnológico robusto e capital humano qualificado. Isso torna o país o lugar ideal para o desenvolvimento de ferramentas voltadas para a era da inteligência artificial (IA).

De acordo com Mazza, Buenos Aires se tornará um centro regional importante para esses esforços. Dessa forma, a colaboração com a comunidade local será fundamental para promover o desenvolvimento da IA e a inclusão financeira no país.

Para Worldcoin, a escolha da Argentina ressalta a importância estratégica da América Latina em seus planos de expansão. O projeto já possui presença significativa em países como Brasil, Chile, Peru, Colômbia e México, e planeja continuar crescendo na região.

Desde o início de suas operações na Argentina no ano passado, a Worldcoin já escaneou o íris de mais de meio milhão de argentinos. Isso representa cerca de 1% da população.

Contudo, o projeto enfrenta desafios legais em outras partes do mundo. Países como Espanha, Portugal, Hong Kong e Quênia, por exemplo, expulsaram a Worldcoin devido a preocupações com a segurança dos dados.

Em alguns casos, houve questionamentos sobre a participação de menores de idade no projeto, apesar das reiteradas garantias da empresa de que os dados privados são protegidos e que menores não são aceitos.

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  • 13 de Junho, 2024