FBI realiza buscas na casa de ex-chefe da FTX
Em mais um episódio do caso FTX, uma equipe do FBI cumpriu um mandado de busca na casa de Ryan Salame, ex-CEO da subsidiária da FTX nas Bahamas. A nova busca ocorre mais de cinco meses após o gigantesco colapso da plataforma, em novembro.
Numerosas agências, promotores e investidores fracassados alegaram que a bolsa cometeu fraude contra seus clientes, exigindo punições severas para seus líderes. Nesse sentido, a busca na casa de Salame faz parte dessa operação.
Busca na casa de ex-chefe da FTX sem motivos?
De acordo com uma matéria do The New York Times, o FBI invadiu a casa de Salame em Potomac, Maryland, na quinta-feira (27). A equipe tinha um mandado de busca, no entanto, a razão por trás da operação permanece desconhecida.
Salame juntou-se à equipe da FTX em 2021, antes do colapso da plataforma. Na ocasião, o executivo atuava como CEO da FTX Digital Marketing (a afiliada da bolsa nas Bahamas).
Com apenas 30 anos, Salame emergiu como peça central no escândalo no ano passado, depois de dizer aos reguladores das Bahamas que a FTX pode ter desviado bilhões de dólares em fundos de clientes e transferido os fundos para a Alameda Research.
Além disso, o executivo também ganhou as manchetes ao doar mais de US$ 23 milhões para candidatos republicanos e comitês de ação política. Dessa forma, Salame juntou-se ao próprio Sam Bankman-Fried (SBF) na lista de personalidades da FTX com fortes conexões políticas.
De sua parte, SBF supostamente injetou cerca de US$ 40 milhões em doações políticas no ciclo eleitoral de 2022, principalmente para os democratas. O então candidato e atual presidente Joe Biden recebeu grande parte dessas doações.
SBF na mira
Conforme noticiou o CriptoFácil, o ex-CEO da FTX passou um breve período em uma prisão nas Bahamas antes de ser extraditado para os Estados Unidos. SBF chegou a ir para a prisão ao chegar no país, mas recebeu o direito de ficar em prisão domiciliar.
Atualmente, o ex-CEO mora na casa dos pais na Califórnia, onde aguarda o julgamento que está previsto para ocorrer no início de outubro.
O ex-líder da FTX enfrenta acusações severas, incluindo fraude eletrônica, conspiração e lavagem de dinheiro, depois que o fechamento da bolsa em novembro de 2022 provocou perdas de bilhões de investidores.
Há a possibilidade de um acordo, mas SBF já afirmou que pretende se declarar inocente das acusações. Se for considerado culpado no julgamento de outubro de 2023, ele pode pegar prisão perpétua e passar a vida na prisão.